quarta-feira

A minha regra é te amar

Edit: o poema ficou bom, então será mantido.

A minha regra é te amar

Amor, de olhar furtivo
Só essa dança,
Dance comigo
Para que o tempo entardança.

Nesse ritmo de cautela
E você não me dá trela.
A hora que vai embora,
Mimos depois um fora.

Você diz ter regras
Mas eu sou poeta
Faço de ti minha Érato,
Assim me condiz regrado.

E com ajuda do acaso
E do destino debochado,
Aquele primeiro olhar
Me ajudou a te conquistar.

E no desenrolar
Acabei criando a minha regra
Agora não tem choro nem vela
A minha regra é te amar.

(Everton Ferreira)

Editar

Pra que querer um relacionamento moderno?
Pra sentir o pé congelar no inverno
Pesquisar os gostos ao invés de dialogar
Pretender nas fotos publicadas presenciar.

Mandar um recado
A cometer pecado.
Telefonar
A uma troca de um olhar.

Publicar o perfil
Descolado e viril.
Assim é mais fácil
Do que a realidade indócil.

Não é preciso
Me embaraçar.
Nem amarelar
Meu sorriso.

E nesse treco virtual
O que é mais legal
É pra quem sou eu mudar
Só basta clicar em editar.

(Everton Ferreira)

About

Refletindo no meu orkut, sobre melhorar sobre mim, fiz um texto que considerei bom.

Que fique postado.

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Sobre mim? Eu vivo.

Na minha vida eu já conheci todos os tipos de pessoas, as mais agradáveis permanecem sempre comigo, pois delas eu levo o que aprendi de mais precioso.

Basicamente as pessoas são de dois tipos; as racionais e as intuitivas. Nunca me encontrei e nunca encontrei também ninguém como eu. Por esse motivo não tento ser nenhum e tento ser ambos dessa maneira ao acaso, assim, me tornei uma pessoa que tenta ter a habilidade de utilizar a sorte a seu favor. Obtenho sucesso.

O segredo é que nas jogadas de azar você usa a razão, e nas de sorte simplesmente deixa acontecer. O segredo é não se aborrecer, não querer evitar o que não pode ser evitado, esperar o que não pode ser esperado, sonhar com o que pode ser sonhado.

O segredo é sempre com bom humor ter fé e lembrar todos os dias que você é apenas um humano. É mortal e que tudo isso um dia vai terminar, lembrar-se que as oportunidades nunca chegarão prontas, senão nem as chamaríamos dessa forma. Lembrar de que mais importante que concluir é planejar, dar o primeiro passo, levantar a bandeira, deixar suceder o subterfúgio dos atos cabalísticos.

É não se preocupar, manter a calma para saber aprender a sonhar com o futuro e lembrar-se do passado e jamais na combinação inversa. Pisar no chão firme e se lembrar de que a história está sendo construída pelo que se olha para frente, este é o presente, a dádiva do acaso, a certeza da dúvida, o regalo dos caminhos.

O segredo é olhar para os lados, perceber que você não está sozinho nesse mundo e que é necessário aceitar as pessoas, seja por afetos ou desavenças, mas nunca a indiferença. Tenha certeza que o contrário do amor é indiferença e que o ódio é apenas uma maneira diferente da afeição. Aprenda a não amar, a paixão é mais segura. E que a ira é interior, e lá deve ser mantida, deixe-a escapulir em sarcasmo e ironia às vezes, só para se aliviar, como uma panela de pressão.

Aceite que ninguém é perfeito para ninguém, as almas não se encaixam. Que o encanto um dia acaba se você for rotineiro, mas que se cotidianamente for imprevisível um dia será chamado de insensato, indelicado, incompreensível, diferente e louco. É inevitável. Por isso saiba manter os vínculos, e seja leal com sua ética e mantenha regras morais. Mas cuidado se não será chamado de sistemático.

Aprenda a diferenciar a natureza dos problemas, e veja que mesmo isoladamente existem relações entre eles. Procure resolvê-los diplomaticamente, ou então nem resolva, mas aqueles que não for resolver não se preocupe, o acaso se encarregará dele. Não aprenda com o erro dos outros, eles não servem em seu contexto, o sucesso vem da persistência da burrice.

E por falar em burrice, eu sou aquele que ainda não aprendeu a ser como sua filosofia, sou aquele que ensina, sou aquele que esquece, profetiza. Mas eu tento. O importante é a tentativa. A experiência.

A sabedoria é ter certeza do duvidoso e duvidar do óbvio. Ver aquilo que não se pode. Abra os olhos, viva!

(Everton Ferreira)

sexta-feira

Viva a vida de cinema

Viva a vida de cinema
As coisas vêm a mim
Enfeitadas como diadema
Me esforçando no botequim

A sorte é meu emblema
Vem aliado ao revés
como sorte ao invés
Minha vida de cinema

Sonhos e reviravoltas
passo nervoso, minha nossa
Anjo louco, de blasfêmias
Roteirinho de cinema.

As coisas vêm quando não tem
E quando tem, se tornam bem
E não me importa a cena
Ponho o dublê, maravilhoso cinema.

Minhas paixões,
Minhas aventuras,
Minhas mentiras,
Minhas mancadas,
Minhas tolices...

O meu dilema, eu sigo o lema
Das coisas de quem vive a vida de cinema.

(Everton Ferreira)

quarta-feira

Moro em você

Moramos separados,
Estou sempre contigo
Laçado em seus braços
Deitamos abrigo.

Durma comigo,
E o quarto apertado
Me faz querido,
Ah, sou bem aventurado.

Ao passar da meia noite,
Eu quero acordar
Sonolento ou em aloite
Onde você vai estar.

Me conta seu passado
E planeja comigo
Com o futuro atado
Sonhado destino.

Ao me sussurrar,
Seja o que me disser,
Eu quero acordar
Onde você estiver.

(Everton Ferreira)

Se eu tenho o poema

Se eu tenho a poesia,
Eu não preciso lhe falar
Nem te deixar a par
Ou incluí-la na minha vida.

Se eu tenho o poema
Continue perfeita
Como a mão que me aceita
Como em filme de cinema.

Se eu decoro esses versos
Gosto mais desse amargo
Do que o doce letargo
De um romance inacesso.

E se estou temeroso,
Dessa dura realidade
Fujo com ansiedade,
Pra um mundo absintoso.

Se foge estrofe a estrofe
Busco novos sentidos
Grito meus alaridos
Adiciono em outra apóstrofe...

(Everton Ferreira & Paco Leiva)

domingo

Quem?

Há muito para escrever
Boas virtudes, também as más
Há pouco tempo para agir
Se não tecer, tanto faz

Tem muitos amores se você quiser
Ao menos deixe se conquistar,
Existe a chace de farrear
Se verdadeiro, perpetuar

Há pouco tempo para encontrar
A alma gêmea, o par perfeito
De escolher ou ser eleito
Esteja pronto, é só estar

Mesmo que a noite seja só olhar
Diabo gosta de maltratar
Instiga e ainda gosta
da maior demora

(Everton Ferreira)

Piscadelas

O que é isso?
Quem é ela?
É feitiço?
Do ventre dela!

Mexe comigo
Dá piscadela
És minha mito
É cinderela

Olhar furtivo
Faz passarela
Mas pelo vidro
Ela me veta

Alí sentado
E só na espera
Esse é o jogo
De quem venera

(Everton Ferreira)

quinta-feira

Batu Canto

Me cobriu de vento manto
Desviou-me um pouco tanto,
Ja no maracatu olhando,
Pra mim, sorrindo, batucando.

Porque o poema nasce pronto?
Como o drama nasce pranto
E a resposta fica a fronte
Qual menina sempre pronta.

A batucada se aponta
Ja canção como me conta
Me olha e me conftronta
desviante como onda.

Batucante, treme toda
te admiro, me desmonta,
Batucada faz que eu ouça.
E de sonhar com que ela sonha.

(Everton Ferreira - 16/03/2010)

Para, Para Brisa

Para, para brisa
Para, para de verdade
Para o sopro da vida
Mostra o que tu sentes
Que está cheia de saudades.

Sente o vento,
Sente a brisa
Segura a mão do tempo
A mesma que afoga em carícias.

Para, para brisa
Mostra se tu desejas
Em filosofia
Hoje a noite tu festeja.

Sopra o sopro
Sopra a brisa
Voe para cima
Para o mundo novo
Viva muito sua vida.

(Everton Ferreira - 12/03/10)

segunda-feira

Epicurando

Foi desejando me libertar
Que me aprisionei
Me aprisionei, sonhando
Liberto, com medo de ser preso.

E foi com o medo,
O medo da dor,
Que me doía
A dor do medo.

Mas o medo, que me acorda,
Me traga, me sorve ao dormente
Sonho de alívio,
De libertar a dor.

E preso a esta dor,
Me liberto sentindo
Que estou vivendo
Na busca presa de libertar ardor.

(Everton Ferreira - 01/03/2009)

terça-feira

Entortam

As pessoas falam
Sem demora
E a voz de dentro
Ignoram

Será que, meu Deus,
Não enojam?
Será que é só eu
Quem vai embora?

O mundo não dá
Nada em troca,
O tempo que foi
Já não volta.

Será que, meu Deus,
Minhas notas...
Será que, meu Deus, minhas idéias
Não se tornem um dia...

...Mortas


(Everton Ferreira 22/02/10)

quarta-feira

Os cacos de espelhos

Eu fui mais do que um simples prodígio
Eu sou algo mais do que simples palavras
Eu busco ser alguém, p'ra não ser fictício
Serei aquilo que hoje mais me faz falta.

Ao me olhar no espelho, olhava, me via
Me verei, sonharei, estaria longe de onde deveria estar
Ao cair em mim, realizaria, veria, voaria.
Em despudor, não me importaria, não queria olhar.

Caminhar em noite fria
Me ajuda saber quem somos
De mim, acompanhado fomos
Rumava, sem rumo, seguia.

Tentei me procurar, em outras pessoas
Ao olhar nos olhos, espelhos eu via
E sentia, a mesma sensação de quando caia
Cacos voavam, as pupilas refletiam mágoas.

Procurei em mim, mas ainda assim
só achei quem fui, quem sou, quem busco ser
E a vontade de buscar aquilo que me falta
Se torna a refletir, como os cacos de espelho.


 

(Everton Ferreira)

sexta-feira

Liberdade

Será que é o começo,
Ou será que é o fim?
Será que regresso
Para dentro de mim.

Ainda que eu prefira a adrenalina
Viver a realidade, mesmo sem felicidade,
Me faz sentir humano, mais um nessa cidade,
Não quero viver a vida de morfina.

Ainda que eu não possa fugir de amores,
E que não possa controlar meus passos,
E que esses passos não sejam apenas flores,
E de saber que de flores e amores, restarão dores.
Apenas dores!

Não fujo, quero que seja natural
Mas não deixo de viver uma vida radical
Não quero acidente, mas que haja dor
E que essa mereça viver com amor.

Mas se é para ser felicidade,
Não seja apenas uma palavra,
E faça que minha mente se abra
Nessa eterna busca da liberdade.


(Everton Ferreira)


Nota:
Nesse poema eu queria falar sobre a morte, depois quis falar sobre o amor, depois ainda quis fazer uma relação entre se "prender na busca da liberdade", acabou que descobri que a liberdade é a busca da liberdade. Agora me resta saber se quando essa tão esperada hora chegar estarei liberto, ou se estarei feliz.

domingo

Ironia.

Sabe, eu preciso contar
Que eu não sou especial
E que não sou quem você
Sonhou que eu fosse.

Vivemos uma vida de números
De valores, apenas preços míseros.
Nada de valores humanos
Não importa índole, sonhos e planos.

Mesmo assim não me sinto mal
Se sou apenas um mau presságio,
Eu confiarei no meu talento,
Pois entendo que tudo tem seu tempo.

Se eu tenho o dom dos poetas mortos
Que eu seja imortal!
Mesmo que não seja um rico em potencial,
Não importa, não me importo.

O importante é ser quem sou.
Não viva uma vida que não sonhou
Tenha sempre isso no pensamento
Até o fim do seu tempo.


 

(Everton Ferreira)

terça-feira

Maior tragédia astro-televisiva dessa semana.



Uma menina teve que morrer
Para descobrirem seus dons
E valorizarem seus atos bons.
Precisou mesmo ter que falecer?

Santa aparência
Criada para a nação,
Na medida da tão
Visada audiência.

Maldita televisão!
Por favor, impeçam que nossos mortos
Morram em vão,
Pelos telejornais e os falsos devotos.

Escândalos somem como reviravolta.
Os corruptos, os roubos, as propinas,
As chacinas, terroristas e as revoltas
Todas escondidas pela morte da menina.

(Everton Ferreira)


Nota do autor:
Poema revisado, e editado segundo crítica em 12/01/10. Sendo o sentido original preservado, e o poema redigido inicialmente arquivado.

Eita



Eita, quanta saúde
Olha o tamanho na menina
Sua vida, sua virtude
Sua mocidade, minha cobiça.

Eita, que me tira o sono
De imaginar, me sinto forno,
E ainda nem é outono,
De desejar, os teus contornos.

Me ajuda a ser insone
Me ajuda a compor
Me traz a sorte, como Alcione.
Me faz a morte, ou torpor.

Eita! Que faz-me a surdez
Ao ouvir seus cantos, encantos
Que me faz seguir, sua trilha
Escalar o monte
Surgirei ereto e ereita
E não serei coerente a alteração evidente
Ao se descontrolar
Ao se harmonizar, e profanamente profanar
Sentir o que se sente, não emoção, não! É sim!
Regado emoção, sem jargão, ou safanão, nem rimar com coração
Ao perder a razão,
Até recobrar.

E me recompor...
Eita!


(Everton Ferreira)

domingo

Escondido



Pode parecer estranho
Se dormir um sonho profundo
Te encontrarei num outro plano
E buscarei em qualquer mundo.

Mas me encontro em um impasse
Não sei dizer, se não do meu jeito
Modo esse, que eu mais pensasse
Do que sinto, ainda seria imperfeito.

E se não fosse entendido
Então prefiro ficar escondido
Do que ter mais que amado
E no fim fosse fogo frustrado.

Devo deixar de ser egoísta
Parar de falar do meu cotidiano
E colocar você sempre em vista
E mostrar pra todo mundo que te amo.


(Everton Ferreira)
Nota:
Odeio meu "eu lírico", os textos saem ou melancólicos demais, ou melosos demais, ou sérios demais.

E o Vestibular



Imagem não é nada,
É tudo!
Sede de quê?
Imagem de quê.

Hoje tive que escrever
O tema era imagem
Tive que ceder,
Iniciar a viagem.

Ide com coragem
Viagem pra filosofia
Expus minha bagagem
E a minha companhia.

Foi dissertação em prosa
Formula quase religiosa
Só escrever o pensamento
E fazer um julgamento

Para depois ser julgado
Se condenado
Paraíso singular
Livre do vestibular

(Everton Ferreira)

sábado

Vazio, ninguém



Quantas decepções terei?
Quantas vezes me empolgarei?
Por quantas vezes me apaixonarei?
A felicidade que buscarei.

E por mais que os outros tentem
Nunca será o suficiente
Quero algo muito além
Tão perto também,
Deste desejo onipotente.

Buscar aquilo que não se tem,
Ter o coração aberto.
Valorizar o que se tem
É cheio, mas sem ti, deserto.
Vazio, ninguém
Será que é ser liberto

E por mais que a gente tente
O final é sempre triste
É difícil estar contente
Uma hora se desiste
Posso dizer que certamente
A felicidade não existe.

(Everton Ferreira & Gabriel de Mattos)

TANTRA DA PAZ MAIOR



Se eu vejo o tempo passar
Me conformo
E ao perceber a idade avançar
Me conformo
Mas comparado ao mundo
Bebê ainda acordo.

Aprendi então o valor
Conformidade
É o que trás a paz maior
É a conformidade
E de afastar o pior
Só a conformidade

O maior diálogo
Conformista
É o entendimento
Conformista
Aceitação
Tem que ser conformista

É o que chama a paz
Conformidade
Não o leva para traz
Conformidade
Atitude audaz
Conformidade
E não importa a idade.


(Everton Ferreira)

sexta-feira

Lá vem o ano do tigre



Nada me deixa mais descontente
Do que perder aquilo que não ganhei.
Antes sem mim, nas suas fotos contente
Olho imagino, contigo sonhei.

Queria o passado apagar
Esperança ao me explicar
Me sentisse sendo imaterial
Que me desejasse ao ser real.

Real que peca e vive,
Que sente e deseja ser sentido
Com humor em declive
Ao ver mais um amor perdido.

Fui eu que perdi.
Deixei de ganhar
Fechei os olhos, esqueci
privado de amar.

Contudo, em sonho, nada disso tive.
Ainda que vistas, agora são fotos apagadas,
Assim, promete o ano do tigre,
E suas falhas, enfim serão mudadas.


Como um quebra-cabeça





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Motivo que me descarte
Livre está, e vou deixar
Voe, e se não voltar.
É porque nunca de mim fez parte.

(Everton Ferreira)