terça-feira

Eita



Eita, quanta saúde
Olha o tamanho na menina
Sua vida, sua virtude
Sua mocidade, minha cobiça.

Eita, que me tira o sono
De imaginar, me sinto forno,
E ainda nem é outono,
De desejar, os teus contornos.

Me ajuda a ser insone
Me ajuda a compor
Me traz a sorte, como Alcione.
Me faz a morte, ou torpor.

Eita! Que faz-me a surdez
Ao ouvir seus cantos, encantos
Que me faz seguir, sua trilha
Escalar o monte
Surgirei ereto e ereita
E não serei coerente a alteração evidente
Ao se descontrolar
Ao se harmonizar, e profanamente profanar
Sentir o que se sente, não emoção, não! É sim!
Regado emoção, sem jargão, ou safanão, nem rimar com coração
Ao perder a razão,
Até recobrar.

E me recompor...
Eita!


(Everton Ferreira)

Um comentário:

  1. Sempre soube que você era "poetero"! Parabéns mano, linguagem bacana!

    Abraço!

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