Ganhei um sinal verde
Não era um simbolo de liberdade
Nem um sinal de teste de maturidade
Nem tinha aroma de maça, nem de hortelã.
Me esverdiei, me esmerdiei,
Tento me limpar, mas vejo verde.
E nem é do verde dos meus olhos,
São malditos sinais silenciosos.
Tudo verde ultimamente está caindo,
Cadê o verde da esperança,
Que agora limita, que me esgueira.
Que aparece e tortura.
E eu vejo verde ali,
Próximo de mim, aquele sinal
Verde esse que me diz, não.
O sinal verde que maltrata,
Verde que não dá seiva
Que não fala e que não vê
Quanto verde estou,
E que verde não quero ficar.
Já joguei verde
E não colhi maduro,
Já joguei duro,
E o sinal continua verde.
Não quero seguir pra outros sinais verdes.
Não quero um verde azedo,
Quero um verde que foi doce e fácil.
Quero um verde de verdade,
Quero um verde, verdinho pra mim.
Quero que o verde adote o azul
Com amarelo, e se torne um verde e mais comum.
Mesmo que me maltrate,
Eu desejo que seja verde por recalque
Por imaginar o que seria
Que por verde que me guia
Que não me surpreenda sem alarde.
Que eu não espere, e siga com o sinal verde.
Espero não estar verde demais,
Nem esverdiar mais,
Pois tudo que eu faço
É manter que esse verde
Não avermelhe-se
Jamais.
Everton Ferreira