segunda-feira

Obrigado, só que não.


Obrigado por se fazer presente
Só que não,
Não tenha dúvidas,
Pois é ironia pura.

Obrigado por não me fazer cozinhar
E nem exitar em beber,
Ainda meu estomago embrulha
Agradeço em plena segunda,
Obrigado, meio embriagado...

Irei.
Deixar de caminhar no forte sol
Esquecer minhas senhas, e hei...
Largar de morte o velho cachecol

Obrigado por meu trabalho concluído
Preso pela presilha cor-de-rosa
Em  ralo, é peso e caído
Solto meu cabelo em tom de prosa
Lavo o rosto e vou embora

Obrigado de coração,
Por me dar a única certeza
Que até na mais sincera franqueza,
A certeza que existe é “só que não”.


Everton Ferreira

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