segunda-feira

Lorena



Foi numa estação de trem qualquer
Era um dia de tarde serena
Olhei nos olhos daquela mulher
Indiferente, bela morena.

Daqui ela não era
De comportamento tão estranho
De estilo discreto mais ainda assim, bela
E nosso papo descompromissado de prazer tamanho.

Já nem me importava que estivesse atrasado
“-Sim, dá tempo, fique tranquila...”
Desesperado porque nunca mais a veria
Sim, ao meu relógio eu teria desafiado.

Ainda com o tempo apertado
Estava chegando o momento da decisão
Ela pediu e dei meu email num pedaço de papael rasgado
Segundos antes que nos dispersássemos no meio da multidão.

Trilhando o caminho da escada que sobe
Ainda a olhava, tão bela morena
“Ei, espere! Me diga seu nome?”
Já longe descobri, era Lorena.

Ainda hoje espero seu contato
Maldita cidade de destinos cruéis,
De paixões instantâneas e então descartáveis
De certa maneira rezo, essa ultima estrofe ter errado.


(Everton Ferreira - 08/12/2009)

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